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Quão saudável é a relação das crianças com a tecnologia? Esta é a questão colocada por pais, psicólogos, pediatras, organizações e governos. O uso indiscriminado e não supervisionado das novas tecnologias por crianças, especialmente desde uma idade muito tenra, pode ter consequências graves, fomentar problemas de déficit de atenção e criar comportamentos compulsivos – neste caso relacionados com o uso de equipamentos eletrónicos.

Mas será que a solução para isto é proibir o contacto dos seus filhos com a tecnologia? Claro que não. A tecnologia tem muitos benefícios, e potencial para ajudar crianças e adolescentes, tendo por base um uso regrado e controlado.

Veja algumas dicas de como tornar a relação do seu filho com a tecnologia mais saudável, de forma a fomentar o seu desenvolvimento e sem que represente um problema – tanto de desenvolvimento como de comportamento.

Crianças com menos de 2 anos

Parece haver um consenso no que respeita ao uso da tecnologia por crianças com menos de dois anos de idade: é desaconselhado e deve ser evitado. Porquê? Até aos dois anos ocorre uma das etapas mais importantes no desenvolvimento cognitivo das crianças – é neste período que elas aprendem a falar, a andar e a compreender o mundo à sua volta.

Crianças de 2 a 5 anos

As crianças de 2 a 5 anos devem ver o seu “tempo de ecrã” limitado a uma hora diária de programação de qualidade – seja ela um programa de entretenimento educativo na TV ou um jogo num outro dispositivo. No entanto, este processo deve ter sempre a presença e orientação dos pais.

Crianças de 5 a 10 anos

O screen time e uso da tecnologia por parte de crianças entre 5 a 10 anos deve ser regrado. Nestas idades, os seus filhos já sabem ler e podem procurar ou ser levados a conteúdo impróprio. Supervisão é aconselhada pelo que se os seus filhos estão nesta idade, não devem ter televisão ou computador nos quartos.

Pré-adolescentes

Os pré-adolescentes são nativos digitais – cresceram com novas tecnologias, Smartphones, computadores e ligação à internet, têm contas em redes sociais e interagem com outros. É muito importante que imponha regras em relação ao uso de tecnologias, como horas definidas, e que evite o seu uso duas horas antes de dormir.

Adolescentes

Se tem filhos adolescentes sabe que é impossível – e também desaconselhado - mantê-los afastados da tecnologia. Nestas idades, o contacto com internet, computadores ou até as redes sociais faz parte do programa escolar, da vida social e pode trazer muitos benefícios.

No entanto, pode trazer potenciais ameaças que devem ser evitadas – adição a videojogos, alienação, obesidade por falta de atividade física, bullying online, exposição a conteúdo violento ou sensível, entre muitos outros.

Para evitar esta situação e tornar saudável a relação do seu filho com a tecnologia, fale abertamente com ele e explique-lhe as potenciais ameaças que pode encontrar, o que fazer no caso de detetar uma delas, e estimular uma relação de confiança com os pais.

Dicas gerais:

Limite o “screen time” do seu filho

Ensine o seu filho a não usar o Smartphone ou Tablet durante as refeições, por exemplo. O mesmo numa situação de convívio. Impor limites e ser consistente pode ser difícil a início – o seu filho poderá oferecer resistência – mas a médio-longo prazo os hábitos criam-se.

Ofereça outras alternativas para ocupar o tempo dos seus filhos

Ofereça alternativas para preencher o tempo livre como um passeio, desporto, estar com os amigos presencialmente, estar com família, entre outros que não envolvam tanta tecnologia.

Não trate o tempo com a tecnologia como uma recompensa

Em vez de frases como “Se fizeres os trabalhos de casa podes usar o tablet.”, use “Ao acabares os trabalhos de casa podes jogar 30 minutos.” Nunca use um videojogo como uma recompensa, mas sim como uma outra atividade – com tempo limitado.

Fale abertamente sobre o que ele faz no seu tempo na internet

Muitos adolescentes e pré-adolescentes não estão cientes dos perigos que correm ao partilharem demasiado na internet, nem imaginam que quem está do outro lado não é sempre quem diz. Eduque-os sobre regras de uso da internet – não partilhar informação sensível, moradas, dados pessoais, fotografias ou vídeos íntimos, não se expor através da webcam, etc.

Tempo de ecrã de qualidade, em família

E porque não tornar algum deste screen time numa atividade em família? Ver um filme, um documentário ou um programa de entretenimento pode ser uma atividade na qual toda a família participa, e que ajudará a fortalecer os laços com o seu filho.

Não controle, mas esteja atento às redes sociais

Sem controlar, mantenha um olho no que o seu filho partilha nas redes sociais. Muitas vezes os adolescentes e pré-adolescentes não sabem filtrar a informação e podem estar a partilhar demasiado ou a absorver informação prejudicial. Ensine o seu filho sobre privacidade online e como proteger a informação que partilha.

Observe os hábitos e ofereça aconselhamento

Passar algumas horas a navegar na internet, a ver vídeos ou a jogar não tem necessariamente que ser prejudicial, no entanto, qual é o limite? Esta é uma questão que deve abordar com o seu filho de forma honesta e aberta.

Monitorize as apps, programas e sites

Use antivírus, antispam, antimalware e softwares e hardwares atualizados para minimizar a possibilidade de ataques à privacidade. Pense ainda em usar programas que atuam como filtros de segurança e monitorização para palavras, categorias ou websites. É também importante bloquear mensagens ofensivas ou inapropriadas, redes de ódio, violência ou vídeos com conteúdos sexuais.

Não hesite em intervir ou procurar aconselhamento se achar que alguma coisa está errada

Se detetar algum comportamento suspeito no seu filho, especialmente no que respeita ao uso de tecnologias, não hesite em procurar ajuda ou mesmo intervir. Muitas vezes os adolescentes podem estar a ser vítimas de bullying online, a comunicar com estranhos, ou a desenvolver um comportamento de adição sem que dê por isso.

Se lhe parecer que alguma coisa não está bem, fale com os professores do seu filho, ou com profissionais que o possam aconselhar em relação a este tópico. A partir de 2019, a APAV – Associação Portuguesa de Apoio à Vítima – fica responsável pela Linha Internet Segura, que é um serviço de atendimento telefónico e online sobre questões relacionadas com o uso de plataformas e tecnologias online.

A tecnologia é indispensável nas nossas vidas, e também na vida dos nossos filhos. Dito isto, é necessário fomentar hábitos saudáveis – o tempo passado em frente a ecrãs e na internet não deve superar ou substituir o tempo de lazer passado em atividades físicas, com amigos, a ler ou a estudar.

Lembre-se ainda que na grande maioria dos casos os filhos aprendem por imitação. De nada vale tentar impedir o seu filho de jogar no telemóvel durante as refeições se você o faz.

No entanto, é necessário perceber que os computadores, tablets, Smartphones e outros eletrónicos têm um papel importante no desenvolvimento das crianças, e na sua aprendizagem – tanto em casa como na escola.

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