We use cookies, including cookies from third parties, to enhance your user experience and the effectiveness of our marketing activities. These cookies are performance, analytics and advertising cookies, please see our Privacy and Cookie policy for further information. If you agree to all of our cookies select “Accept all” or select “Cookie Settings” to see which cookies we use and choose which ones you would like to accept.
Mobile Photography por José Ramos
Smartphone com câmara OU câmara com smartphone?
Quando levou de férias a última vez a sua pequena e compacta câmara fotográfica? Estamos perante uma nova forma de ver a fotografia, sem dúvida com muita coisa boa para descobrir.
Não deixamos de olhar com admiração para as câmaras grandes e complexas dos reconhecidos fotógrafos, procuramos qualidade fotográfica, mas hoje já não dispensamos a possibilidade de captar também de imediato e com qualidade aquele momento inédito que vimos acontecer na rua ou a possibilidade de partilhar nas nossas redes sociais um conteúdo fotográfico de uma viagem. Isto confirma que estamos perante um novo paradigma da fotografia, mais especificamente a fotografia dita móvel.
Para percebermos melhor o que é este conceito de fotografia móvel ou mobile photography fomos falar com o fotógrafo José Ramos, natural de Beja, que aos 35 anos acumulou à medicina a arte de fotografar e que atualmente explora também este novo conceito. José Ramos é fotógrafo de paisagem. Os seus trabalhos fotográficos já foram publicados em dezenas de revistas da especialidade e generalistas, incluindo National Geographic, The Telegraph, Revista Visão, Digital SLR Photography, Photography Week, entre outras. Conta com vários prémios internacionais de fotografia e é embaixador de várias marcas internacionais de fotografia. Realiza ocasionalmente workshops e tours de fotografia de paisagem em Portugal. Hoje, tendo como referência a lente do LG G6 explica-nos, entre outras coisas, um pouco do que é para ele este conceito.
1. Quando teve o primeiro contacto com a fotografia?
Comecei a fotografar há cerca de 12 anos. Sempre fui apaixonado por natureza e arte, mas só com o advento da fotografia digital é que pude finalmente abraçar esta forma de expressão. Apesar de ter a vontade espontânea de começar a fotografar, o curso universitário (Medicina) e posteriormente o exercício da profissão não permitia ter o tempo necessário para todo o processo de revelação em fotografia analógica. Tal como aconteceu com muitos atuais fotógrafos, a fotografia digital veio abrir portas a muita gente, facilitando o acesso a este mundo mágico da criação de imagens. Foi assim que comprei a minha primeira máquina digital compacta, na altura com apenas 2 megapixels, de uma marca já não existente no mercado. O vício cresceu rapidamente e, sem saber, estava a começar uma paixão extremamente duradoura, que atualmente assume contornos de quase profissão paralela.
2. Quando descobriu a mobile photography?
A mobile photography surgiu de forma inesperadamente espontânea, há 2 anos, numa das minhas viagens fotográficas à Islândia. Sempre foquei toda a minha criação de imagens na utilização de máquinas fotográficas digitais, deixando outros meios de criação para segundo plano. No entanto, há cerca de 4 anos decidi comprar uma Action Cam da Gopro, cujo objetivo era o de ir filmando uma espécie de "behind the scenes" da minha atividade fotográfica, que pudesses utilizar nas redes sociais para enriquecer o conteúdo das minhas páginas. No entanto, e ao contrário do que esperava, as dezenas de clips de vídeo filmados com a Gopro acabaram por ficar parados no computador, já que não só não conseguia visualizar em tempo real de forma prática aquilo que estava a filmar, como também não podia partilhar estes conteúdos de forma intuitiva enquanto estava no terreno a fotografar. Foi assim que há 2 anos dei por mim a colocar a Gopro de lado e a começar a fazer pequenos clips de vídeo com o smartphone que utilizava na altura. Não só conseguia ver em tempo real a filmagem, como podia automaticamente editá-la de forma rudimentar e fazer a sua partilha nas redes sociais. Até este momento para mim um smartphone servia única e exclusivamente para telefonar, enviar mensagens e navegar na internet. Desde então passei a dar maior atenção à qualidade de imagem dos smartphones, motivo pelo qual acabei por favorecer escolher recentemente a LG.
3. Quais são para si as vantagens de utilizar uma boa câmara de smartphone comparativamente a uma máquina fotográfica comum?
As vantagens de uma boa câmara de smartphone prendem-se com a facilidade em obter boas imagens em qualquer situação, incluindo aquelas em que não temos a máquina fotográfica connosco. Outra grande vantagem é a possibilidade de edição e partilha imediata das imagens, sem ser necessário recorrer a um computador, funcionando o smartphone como um complemento da máquina fotográfica principal.
4. Que características do LG G6 destaca em termos de fotografia?
O LG G6 destacou-se imediatamente de todos os outros smartphones pelo facto de ter uma lente ultra-wide, que permite captar a real dimensão e expansividade dos locais que habitualmente visito e fotografo. Enquanto fotógrafo de paisagem, sempre me fascinou a possibilidade de captar uma imagem que honre a dimensão daquilo que os próprios olhos veem. Para tal comecei a usar desde muito cedo uma lente ultra-wide angle, sendo que mais de 90% do meu portfolio foi criado com este tipo de lente. Quando descobri que o LG G6 tinha a incrível inovação de incluir, para além da lente "normal", uma lente ultra-wide, fiquei extremamente curioso em experimentá-lo.
Como forma de ilustrar da melhor forma possível o quão importante este aspeto é para mim, decidi incluir aqui uma série de imagens que fiz em duas viagens recentes à Islândia e Dolomites (Alpes Italianos). Fotografar paisagem implica muitas vezes conseguir incluir na imagem elementos de grande dimensão, o que é frequentemente impossível com uma lente de alcance "normal". Como podem ver nos vários exemplos, ter a possibilidade de fotografar com a lente "ultra wide" fez frequentemente a diferença entre conseguir obter a imagem que queria ou ter que me contentar com uma versão totalmente insatisfatória.
Paisagem fotografada com Lente Grande Angular "Ultra-Wide" e Lente "Normal"
Para além da flexibilidade em termos de lentes, destaco ainda a possibilidade de fotografar em RAW, oferecendo maior qualidade e flexibilidade na edição, a possibilidade de filmar em 4K com possibilidade de ajustar a qualidade de gravação, e finalmente a grande qualidade do aplicativo nativo de captação de imagem, extremamente intuitivo e poderoso, com possibilidade de controlo totalmente manual de todos os parâmetros fotográficos e de vídeo.
5. O grande ecrã do LG G6 é um dos elementos diferenciadores do produto. Do ponto de vista de captação e de edição de imagem, qual considera ser o maior benefício?
O ecrã de grandes dimensões, sem que tal signifique um aparelho excessivamente volumoso, ajuda imenso na composição, captação e edição de imagens. Para além disso o rácio 18:9 é extremamente útil, criando espaço adicional de ecrã que pode ser utilizado para criar maior acessibilidade aos controlos digitais da câmara. É também muito positivo ver que o ecrã vem relativamente bem calibrado de fábrica em termos de fidelidade de cor, algo que é essencial a qualquer fotógrafo.
6. Numa só palavra, como descreveria - em termos fotográficos - o LG G6?
"Liberdade".
7. Que funcionalidades num smartphone recomenda a quem quer estrear-se na mobile photography?
Lentes e sensores de boa qualidade, possibilidade de fotografar em RAW, versatilidade e possibilidade de ajustar manualmente os vários parâmetros de captação. É ainda importante o smartphone ter uma boa velocidade de processamento, quantidade suficiente de RAM e finalmente um interface intuitivo para captação de imagens.
8. E do ponto de vista de edição? Alguma tendência atual na mobile photography?
A edição fotográfica e de vídeo mudou muito nos smartphones nos últimos anos. A crescente capacidade de processamento destes aparelhos e evolução nos sensores de imagem, tem permitido às empresas de software desenvolver aplicativos de edição cada vez mais intuitivos e poderosos. No presente já é possível processar no smartphone um ficheiro RAW com toda uma panóplia de ajustes de imagem disponíveis, que até há bem pouco tempo apenas seriam possíveis num computador potente.
Em termos de tendências futuras, estamos a assistir à evolução crescente de algoritmos de inteligência artificial/machine learning aplicados à captação e processamento de imagem, que tentam extrair o máximo de qualidade dos pequenos sensores que estes aparelhos têm, numa tentativa de aproximação às máquinas fotográficas especializadas. Apesar de eu continuar a privilegiar sempre a liberdade de ter controlo total sobre os vários parâmetros de imagem de um smartphone, é um facto que estes são cada vez mais surpreendentemente competentes em captar boas imagens, sem necessidade de uma intervenção muito complexa por parte do utilizador.
Paisagem fotografada com Lente Grande Angular "Ultra-Wide" e Lente "Normal"
É possível encontrar mais informação sobre o trabalho do fotógrafo José Ramos em:
Site: http://www.joseramos.com,
Facebook (http://www.facebook.com/joseramosphotography)
Instagram (http://www.instagram.com/joseramosphotography)
Life's Good!